Junior SMS/ fevereiro 24, 2020/ Artigos, Iniciantes/ 1 comentários

Assim como o Microsoft Windows, o Mac OS ou o iOS, podemos dizer, de forma genérica e para fins didáticos, que o Linux também é um sistema operacional. Você pode não saber – ou até não acreditar – mas ele é o sistema operacional mais famoso do mundo! O Google Android, responsável por fazer funcionar 75% dos smartphones do planeta, é baseado no Linux.

O Linux está presente em todo lugar, seja nos automóveis, supercomputadores, servidores, desktops, laptops, celulares e até em equipamentos caseiros, como TVs, home theaters e refrigeradores.

De forma bastante simplificada, o sistema operacional é o “programa” que administra todos os recursos de hardware (processador, memórias, placas de áudio e vídeo etc.) inclusos no seu equipamento, seja ele qual for. Ele é responsável pela comunicação entre seu hardware e seu software e, portanto, sem esta interface nenhum dos seus programas preferidos iriam funcionar.

Nos meados dos anos 90, o Linux tornou-se bastante popular, atravessando fronteiras e se espalhando pelo mundo todo, sendo um dos mais robustos, confiáveis e seguros sistemas operacionais existentes. O fato de ser gratuito – sim, ele é totalmente grátis! – com certeza colaborou para seu sucesso. O seu código-fonte, ou seja, a sua “receita” não é secreta, fazendo com que milhares de pessoas ao redor do mundo pudessem colaborar com seu desenvolvimento.

Desta forma, sendo uma ferramenta livre, de código aberto e desenvolvida por diversas pessoas e empresas, acabaram por surgir o que convencionou-se chamar de distribuições – ou distros, que nada mais são que variações do sistema operacional, cada uma com seus propósitos, visuais e peculiaridades. A mais famosa, e que talvez você já deve ter ouvido falar, é o UBUNTU, uma distro desenvolvida por uma empresa, a Canonical.

Distribuições

Existe uma infinidade de distribuições Linux, o que realmente é, sem dúvida, uma das grandes vantagens da plataforma. Por outro lado, para os novatos, a grande oferta de possibilidades pode dificultar o processo de escolha. Sem o mínimo de conhecimento fica bastante complicado para alguém ainda leigo optar por uma ou outra distro. Neste caso, o mais recomendável é uma breve pesquisa na internet acerca dos objetivos de cada usuário. Com certerza, existe um sabor que mais se adequa a cada perfil.

Por outro lado, o que pode facilitar o processo é que, para a grande maioria das pessoas, três ou quatro das distros mais famosas contemplam praticamente tudo o que se precisa para uma experiência agradável e fácil adaptação, dependendo, obviamente, do nível de conhecimento acerca de computação em geral de cada indivíduo.

A bem da verdade, a maioria das distribuições baseiam-se em três das grandes principais, tornando-se “derivadas” destas. Debian, Red Hat e Slackware são, por assim dizer, os avôs de grande parte das opções existentes. Este fato faz com que o funcionamento de cada distro dentro da sua “árvore genealógica” seja bastante parecido, tornando-se mais fácil a compreensão e usabilidade.

Seguindo esta lógica, podemos dizer que atualmente três grandes distros são a base para um grande número de projetos: Debian, um de seus filhos, o Ubuntu, e o Red Hat talvez sejam responsáveis, direta ou indiretamente, por mais de 80% das instalações Linux do mercado não profissional, ou seja, excetuando-se servidores e data centers.

Uma das distribuições mais escolhidas entre os novatos é o Linux Mint, um projeto baseado no Ubuntu. Esta predileção justifica-se pelo fato dela ter uma grande similaridade com Microsoft Windows, tornando o processo de adaptação bem mais rápido e fácil. Para saber um pouco mais desta distribuição, clique aqui.

Por quê usar Linux?

Sem dúvida, essa é uma das primeiras perguntas que qualquer pessoa se faz ao considerar a possibilidade de migrar para a plataforma.

“Por quê eu deveria me dar ao trabalho de aprender tudo a respeito de um sistema totalmente novo se o que eu utilizo desde sempre funciona bem?”

A resposta a esta questão seria outra pergunta: O seu sistema atual REALMENTE funciona a contento? Ou você, vez ou outra vê-se numa batalha contra vírus, malwares, lentidão, travamentos, bugs, custos de reparo/formatação e aquisição de licenças? Se você se identificou com uma ou mais das questões acima, possivelmente o Linux é perfeito pra você.

O Linux evoluiu como um dos mais confiáveis e estáveis sistemas operacionais do mundo. Isto, somado à baixísssima possibilidade de infecção por vírus e aliado ao custo zero de instalação faz do sistema do pinguim uma excelente opção para seu desk ou laptop.

Ainda, você vai descobrir que praticamente todos os programas que você precisar – ou desejar – estão, dependendo da distro, a alguns cliques do mouse. A instalação de programas no Linux é muito, mas muito (!!!) simples. Praticamente todas as principais distros oferecem um loja de aplicativos, semelhante à do seu smartphone, contendo uma enorme variedade de programas, dos mais variados tipos e funções. É navegar, escolher e clicar em “instalar”. Simples, rápido, livre de malwares e, melhor de tudo, gratuito!

Por fim, uma das características mais interessantes do universo Linux, e do software livre em geral, é a possibilidade de personalização. Praticamente tudo no Linux é customizável. De uma simples mudança das cores do sistema, dos ícones ou toda interface gráfica, tudo pode ser alterado ao sabor do usuário. Você pode deixar o sistema “com a sua cara”, nos mínimos detalhes, não precisando utilizar seu PC do jeito que pensaram pra você.

Ok, mas quais são as desvantagens?

Bem, como tudo na vida, poderá ser necessária, para uma migração completa, algumas renúncias. Talvez alguns dos seus programas preferidos não estejam disponíveis na versão Linux. Certamente, a principal falta que você poderá sentir é da suite Microsoft Office. Mas com um pouco de boa vontade, algumas das inúmeras alternativas existentes para o Linux podem suprir, e com sobra, suas necessidades.

Outra demanda, um pouco mais específica, feita por vários dos usuários Linux é o pacote Adobe com seu Photoshop, Lightroom, Ilustrator, Premiere etc. Mas neste caso, enquanto a Adobe não os disponibiliza, também existem alternativas bastante interessantes e satisfatórias, como o GIMP, Inkscape, Blender e outros. E com uma grande vantagem: todos gratuitos!

Conclusões(?!)

É claro que num espaço tão pequeno como este seria impossível conserguir-se passar uma visão ampla e detalhada de um assunto tão extenso e complexo. Na verdade, a intenção nem era essa. O desejo aqui era – e espero ter conseguido – trazer até você um pouquinho de informação e derrubar alguns mitos.

E por falar em mitos, aliás, um dos grandes (e que nem citei anteriormente) é o de que Linux é para experts ou programadores, sendo necessário o conhecimento de linhas de comando no temido terminal, aquela “tela preta com um cursor piscando”. Já vai longe o tempo em que isso seria realmente necessário para uma utilização plena do sistema. As interfaces gráficas de hoje dispensam totalmente a obrigatoriedade de utilização do terminal, ainda que ele seja uma ferramenta fantástica pra quem deseja utilizá-lo.

Depois de conhecer um pouco sobre o assunto você pode até continuar acreditando que o esforço natural de aprendizado quando se utiliza uma ferramenta nova não vale a pena. Sim, mudar completamente de ecossistema requer um pouco de dedicação e paciência, mas as vantagens e o ganho certamente serão recompensadores.

Dê uma chance ao Tux, o charmoso pinguim e mascote do projeto, e descubra que é realmente fantástico poder escolher!


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1 Comentário

  1. Sem a soberba dos devidamente esclarecidos, destrinchou em rápidas pinceladas, por assim dizer, um assunto monótono e cansativo para leigos e/ou até mesmo, os chamados “papas'” ou expert’s. Não apelou para as tão cansativas e longas explanações sempre recheadas de “informatiquês”, tão normais e inerentes ao tema. Parabéns!!!

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