Junior SMS/ março 2, 2020/ Artigos, Iniciantes/ 0 comentários

O Linux Mint é, sem dúvida, a distribuição – ou distro – mais recomendada (e utilizada) por quem está iniciando no universo Linux. E não é por acaso. A considerável similaridade de sua interface com Microsoft Windows é fator decisivo na escolha daqueles que pretendem migrar para a plataforma Linux.

Como em qualquer mudança, o processo de adaptação pode ser complicado no início. Então, facilitar este processo trilhando caminhos não tão diferentes dos atuais pode ajudar bastante. E é exatamente neste ponto que o Linux Mint sai na frente das demais distribuições, oferecendo ao novo usuário uma interface bastante intuitiva e de fácil compreensão, principalmente àqueles que vem do Microsoft Windows.

Um breve histórico

O Mint nasceu em meados de 2006 pelas mãos de Clement Lefebvre, o francês líder e criador do projeto, sendo à época baseado no Kubuntu Dapper (uma das variações do projeto Ubuntu). Não era, no entanto, um sistema muito estável e somente em sua segunda versão, no final do mesmo ano e baseado em outra versão do Ubuntu, apareceu com várias melhorias e maior estabilidade.

Desde então, ano após ano e com o lançamento de novas versões, foi ganhando adeptos no mundo inteiro, principalmente por oferecer soluções e facilidades que a versão do Ubuntu utilizada como base não oferecia, como CODECs de áudio e vídeo, por exemplo.

Uma das curiosidades da distro é a nomenclatura utilizada em cada versão, sempre um nome próprio feminino e em ordem alfabética. A primeira versão foi batizada de “Ada”, sendo sucedida por Barbara, Bea, Bianca, Cassandra e assim por diante. A versão atual (em março de 2020) é a 19.3 – Tricia, recém lançada e baseada na versão 18.04 do Ubuntu.

Linux Mint 1.0 – Ada (2006)

O Mint e suas variações

Várias distribuições Linux são disponibilizadas com interfaces gráficas diferentes, ou seja, a base do sistema é a mesma, mas a aparência é completamente diferente. Com o Linux Mint ocorre o mesmo e sua principal interface chama-se “Cinnamon”. Ela foi desenvolvida pela própria equipe do Mint, sendo a interface principal do projeto e justamente a que mais se assemelha ao Microsoft Windows.

Existem também outras duas opções, uma com interface gráfica Mate (pronuncia-se Ma-tey) e outra com a XFCE. Cada interface tem seus prós e contras, mas basicamente estas duas últimas destacam-se por sua “leveza”, sendo indicadas para computadores antigos e/ou com pouco poder de processamento.

Linux Mint 19.3 – Tricia com interface “Cinnamon” (2020)

Mas não desanime acreditando que seu PC pode não ser suficiente para receber o Mint. Mesmo em sua versão principal – a Cinnamon – o Mint apresenta um bom desempenho em equipamentos bem modestos.

Segundo consta do seu próprio site, o sistema requer apenas 1 GB de memória RAM e 15 GB de espaço em disco, sendo recomendado 2 GB de RAM e 20 GB de disco. Bastante pouco para um sistema tão robusto e completo, não?

Download e instalação

É bem verdade que a instalação de um sistema operacional pode ser a primeira grande dificuldade para uma grande parcela dos usuários de desktops. Mas se você já enfrentou este desafio instalando o Microsoft Windows, vai perceber que a instalação da grande maioria das distribuições Linux é tão ou mais simples que a do popular sistema da Microsoft.

Em resumo, o processo é basicamente o mesmo: Baixar o sistema do site do desenvolvedor, criar uma mídia de instalação (como um DVD ou pendrive), iniciar a máquina por este dispositivo e seguir o passo-a-passo apresentado. É claro, não sem antes fazer um backup dos seus arquivos armazenados, se for o caso.

Teste antes instalar

As distribuições Linux, em quase sua totalidade, permitem, diferentemente dos outros sistemas operacionais, que você possa “experimentá-lo” antes de instalar. Ao iniciar a máquina com a mídia de instalação, você não se depara diretamente com o processo de instalação do sistema, como acontece com o Microsoft Windows ou Mac OS X. Na verdade, ele é iniciado exatamente da mesma forma como se tivesse sido instalado, mas “rodando” diretamente do pendrive ou DVD.

Esta é uma forma bastante prática de conhecer o sistema sem sequer interferir na sua máquina. Você pode navegar pelo sistema, conhecer sua interface, instalar e executar programas, navegar na internet etc. Ao reiniciar seu PC, seu sistema original estará lá como antes, sem nenhuma alteração. É claro que qualquer coisa que você tenha feito dentro do sistema Linux não terá sido salva, mas este não é o intuito mesmo.

Considerações finais

Agora que você já sabe um pouco mais sobre o Linux Mint, e sabe que pode até se aventurar e conhecê-lo um pouco mais sem precisar instalá-lo em seu equipamento, entre no site do projeto em linuxmint.com e baixe agora mesmo uma de suas versões. Você vai descobrir que é muito mais fácil que imaginava.


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